quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Datena rebate nota da Record e diz que não é mentiroso

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Em seu programa "Brasil Urgente" da última quarta (31), José Luiz Datena rebateu comunicado que a Record enviou à imprensa no mesmo dia respondendo acusações do jornalista.

Visivelmente irritado, Datena começou seu depoimento reforçando que sofria censura na Record: "Eu continuo alegando o que aleguei pra sair de lá. Que eu não tinha condições de trabalho e que fui censurado em não dar entrevistas".

O jornalista logo disse que, em respeito ao bispo Edir Macedo, não iria falar o que realmente gostaria de dizer. Porém, ele não se conteve e disse mais: "Aquela nota é uma nota mentirosa e que não condiz com a realidade".

"Se a Record acredita na Justiça, eu também acredito na Justiça. E é la que eu vou discutir com a Record os termos da minha saída. Não vou mandar nota pra jornal nenhum. Não vou ficar discutindo através da imprensa o que aconteceu ou não aconteceu", prosseguiu.
E provocou: "A pessoa que dá entrevista durante aquela nota [o vice-presidente de jornalismo da emissora, Douglas Tavolaro], ficou mais na minha casa me chamando pra Record do que a minha mulher".

Datena mais uma vez falou de respeito: "Em respeito à Record e aos companheiros da Record, eu não vou falar mais nada sobre isso. Mas o mentiroso da história não sou eu. Eu confio na Justiça".

Nervoso, ele deixou escapar: "Se continuar dizendo mentiras, talvez eu perca até o respeito que eu tenho".

O apresentador ainda fez uma revelação: "Eu rejeitei um primeiro contrato que foi assinado. O diretor de jornalismo, que disse que eu menti, foi o cara que rasgou o primeiro contrato porque eu não queria ir pra lá. Depois, voltou a conversar comigo, eu falei ’não vou, vai o Hamilton’. O Hamilton foi, e ele continuou a insistir. Agora vai dizer que eu que forcei a barra?".

Datena finalizou o assunto reforçando o motivo que o fez deixar a Record apenas 43 dias depois de ter assinado com a emissora: "E depois eu fui censurado e não tinha condições de trabalho".

Confira o comunicado enviado pela TV Record, na íntegra:
A Rede Record de Televisão vem a público informar que, diante das acusações que vem recebendo do apresentador José Luiz Datena, é preciso esclarecer:

1- Durante o período em que o jornalista cumpriu seu contrato com a Record, Datena apresentava um programa, ao vivo, de pelo menos duas horas de duração, de segunda a sexta, em rede nacional. Em nenhum momento, ele ou o seu programa sofreram qualquer tipo de censura. 

2- Como é de conhecimento público, e está documentado nos arquivos da Record e de dezenas de veículos de comunicação, Datena concedeu várias entrevistas nos 43 dias em que esteve aqui. Em algumas, descumpriu as normas de comunicação previstas em seu contrato e comuns a qualquer colaborador da Rede Record. Em uma delas, concedida ao jornal Folha de São Paulo, no dia 23 de julho, chegou a dizer que poderia voltar para outra emissora.

3- O vice-presidente de Jornalismo do Grupo Record, Douglas Tavolaro, superior imediato de Datena, conta como foi surpreendido pela decisão do apresentador: "No dia em que abandonou a prestação de serviço, em 29 de julho, um portal de internet publicou, minutos antes de o telejornal ir ao ar, que Datena deixaria a Record. Mesmo assim, nossa emissora permitiu que ele apresentasse o programa, ao vivo, por mais de duas horas, sem nenhum tipo de interferência. Prática comum de um grupo que respeita a liberdade de expressão e produz jornalismo independente". 

4- José Luiz Datena fez vários apelos para dirigentes da Record para que permitissem o seu retorno. "Foram várias reuniões até que decidimos o melhor acordo para as duas partes", recorda Douglas Tavolaro. Depois de meses de negociação, o apresentador assinou espontaneamente o contrato para deixar a Rede Bandeirantes e retornar à Record. Junto com o contrato de cinco anos, Datena assinou um documento em que confessava ter uma dívida pelo rompimento de um contrato anterior com a Record, em 2003. Tal débito somente seria quitado com o cumprimento do novo acordo.

5- É inadmissível que o apresentador use estratégias de difamação contra a Record para justificar manobras que pretendem protelar ou influenciar decisões jurídicas sobre o caso. A Record deposita confiança absoluta no judiciário, que vai analisar o zigue-zague profissional do jornalista à luz dos documentos assinados por ambas as partes.



natelinha

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